Conheça | os Servidores do Google

Descrição: O Google nunca foi de mostrar seu funcionamento interno. Temos pouco acesso às entranhas da tecnologia que roda em Mountain View. Podemos dar uma espiada (como diria o Bial) nos artigos científicos publicados por Googlers. Vários destes artigos dão amostras de tecnologias primordiais para o Google. BigTable, MapReduce e PageRank (claro), são algumas delas.

Entretanto, quando o assunto é sobre os seus imensos Data Centers, o Google não costuma dar muitas amostras. Até então. Pois recentemente, a empresa abriu as portas e mostrou como consegue armazenar, utilizar e dar manutenção em centenas de milhares de computadores eficientes.

Em uma conferência sobre eficiência em Data Centers, o Google revelou detalhes do funcionamento e práticas usadas para alcançar melhor uso da energia e resfriamento de suas máquinas. Ao contrário de outras grandes empresas, o próprio Google desenha e constrói seus servidores.





A surpresa dos especialistas foi descobrir que cada servidor possui uma bateria autônoma de 12 volts. Caso acontença algum problema com o fornecimento de energia são essas baterias que fazem as máquinas continuarem a trabalhar.

A abordagem de baterias individuais para cada servidor tem uma boa e grande razão: redução de custos. Usar uma bateria junto ao servidor é mais barato e os custos crescem em razão do número de servidores. Data centers tradicionais, usam grandes baterias (chamadas de uninterruptible power supplies – UPS) para garantir suprimento de energia ininterrupto antes de um possível gerador de energia entrar em funcionamento. Desta forma, quando é preciso aumentar a capacidade das baterias, compra-se outra gigantesca máquina: muito dinheiro e desperdício de dinheiro. Além disso, os UPS alcançam de 92% a 95% de eficiência, em contraste com 99% de eficiência na abordagem do Google. Segundo a empresa, as expectativas da Agência de Proteção Ambiental para o ano de 2011 em termos de eficiência já foram alcançados no Google.

"Isso é muito mais barato que grandes UPS centralizados", comenta Ben Jai, designer dos servidores Google. "Não há capacidade perdida"

O Google também revelou que seus data centers são construídos com base em grandes containers (sim, que nem aqueles que vemos nos portos). Cada um pode abrigar 1.160 servidores e o consumo total pode chegar a 250 kilowatts. Eu não queria pagar essa conta de luz.

Cada servidor tem 8,8 centímetros de largura, com 2 processadores (x86 da AMD e Intel), 2 discos rígidos e 8 slots de memória, tudo numa placa-mãe fabricada pela Gigabyte.

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A empresa tem um forte foco na eficiência em energia e pretende ajudar outras empresas a diminuir custos. Além de ajudar o meio ambiente, desperdiçando menos eletricidade. Entre os interesses do Google, ainda estão: cooling (resfriamento), distribuição de energia e cuidados para que ar quente e frio se misturem.

Outra amostra da perseverança do Google com efieciência é o design das Fontes de alimentação de energia (ou apenas Power Supplies). Elas convertem a convencional eletricidade AC (corrente alternada) em DC (corrente direta). As fontes geralmente fornecem energia DC tanto a 5 quanto 12 volts. Já nos servidores do Google, há apenas 12 volts com a conversão sendo feita dentro da placa-mãe. Aumentando em poucos dólares o preço da placa-mãe, mas diminuindo o preço das Power Supplies e fazendo com que as fontes sejam mais eficientes por sempre estarem mais perto do pico da capacidade.

O Google enfrentou nestes 10 anos grandes desafios para garantir a escalabilidade dos seus serviços. Manter a caixa de busca online 24h por dia da forma mais eficiente possível mostrou-se uma obcessão e rendeu frutos. A empresa possui Data Centers eficientes e amigáveis a natureza!

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