Cuidados a tomar quando for preciso trocar a placa-mãe do PC


Sem entrarmos no mérito da verdadeira função do processador em um computador, podemos dizer que placa-mãe é o principal componente de um PC.

Ela responsável. é a por interconectar todos os demais componentes e deve ser capaz de fazer isso harmoniosamente. E apesar desse papel de destaque, este componente raramente precisa ser trocado. Mas eventualidades acontecem e ela pode queimar.

Isso pode ocorrer principalmente com os reguladores de tensão e capacitores que ficam próximos do conector de alimentação da motherboard, pois recebem diretamente a tensão da fonte tendo uma maior probabilidade de queimar. Mas isso é raro e só costuma ocorrer no caso de componentes de baixa qualidade.

Quando o PC pifa, identificar o item problemático não é tarefa fácil. Pode ser um componente qualquer, como a CPU ou ventoinha, ou mesmo a placa-mão. Falha em qualquer deles pode fazer o equipamento travar ou não carregar o sistema operacional. Nessa situação, o melhor a fazer é levá-lo para uma assistência técnica para saber o que está errado com ele.

Outro cenário seria substituir a placa por uma mais robusta, que aceite uma nova CPU, mais memória ou placas de vídeos. Esse tipo de upgrade só é aconselhável para aqueles que realmente necessitam, sem contar que o auxílio de um técnico é mais do que indicado, pois não se trata apenas de retirar a placa e substituir por outra.

COMPONENTES

Escolher uma nova placa requer muitos cuidados, em especial a compatibilidade de três componentes fundamentais: processador, memória e placa de vídeo (caso possua uma).

O ideal, em caso de queima da motherboard, seria procurar uma placa igual ou semelhante. “É primordial encontrar uma placa que possa reaproveitar principalmente o processador, mesmo sendo antigo já que ele é um dos componentes mais caros de todo o hardware”, afirma Marcelo Martins, diretor da MSI Computer no Brasil.

Como a CPU é a peça mais importante nessa troca, é necessário checar se há suporte para ela na nova placa. Isso porque a arquitetura de construção das placas-mãe é diferente de uma marca para a outra.



Ou seja, uma placa desenvolvida para processadores da Intel, não irá aceitar um componente da AMD ou da VIA. Outro detalhe a se considerar é a tensão do processador. Vale conferir no site de fabricantes de placas-mãe, como a MSI, Gigabyte, ECS e Asus, e checar exatamente os tipos e modelos dos componentes que as placas suportam.

Mas esse cuidado não vale apenas para a CPU. A memória RAM também merece atenção. Antes de comprar uma placa nova é preciso checar o tipo de memória que você possui (DDR2, DDR3), a menos que queira atualizar todos os componentes da placa.

SOFTWARES

Alguns aplicativos disponíveis na internet ajudam a obter as informações sobre o seu sistema, caso seu problema não seja uma placa-mãe queimada, claro. Mais simples que navegar pelo BIOS, esses programas informam até dados do seu monitor.

Quase todos estão disponíveis em versões gratuitas, embora alguns tenham limitações nesta versão.O melhor é usar pelo menos dois deles, para comparar os resultados obtidos e também assegurar-se de ter todas as informações em mãos.

O Everest e o Sandra são um dos mais conhecidos e possuem versões Pro. PC Wizard, HWInfo 32 e System Information também são ótimos aplicativos que trazem informações como modelo, frequência do processador, da memória RAM, quantidade de memória cache, modelo do monitor, modelo e velocidade do HD e todas as informações do seu sistema que serão necessárias para a escolha da nova placa-mãe.

TIPOS DE PLACA-MÃE

Mas se a sua opção for fazer um upgrade em sua placa, saiba que existem muitos tipos no mercado, divididas em três categorias: placas de entrada, middle e high-end. A diferença principal entre elas fica no tipo de chip gráfico disponível. As de entrada já possuem chip gráfico onboard e tem um desempenho mais modesto, aceitando em geral dois pentes de memória.

As placas middle-end não possuem chip gráfico onboard, mas aceitam até uma placa aceleradora gráfica mais potente que rode alguns jogos e tem um desempenho gráfico melhor que as placas de entrada.



Já as placas high-end são mais poderosas, voltadas a quem realmente precisa de muito desempenho. Elas não possuem chip gráfico onboard, mas aceitam mais de uma placa aceleradora gráfica - há modelos que suportam até quatro placas -, oferecem opção de crossfire ou SLI (para combinar a performance das GPUs, dependendo do tipo de placa usada), alto desempenho e ainda possibilidade de realizar overclock.

Verificar se a placa escolhida irá encaixar nos moldes do seu gabinete. A menos que tenha conhecimentos profissionais, é altamente recomendado que peça ajuda a um técnico. Caso contrário pode acabar com uma placa que não cabe no gabinete. Cheque também se a posição dos conectores de rede, USB e saída de som são compatíveis com os respectivos recortes do gabinete que se tem.

CUIDADOS A TOMAR

Antes de trocar sua placa por uma nova é preciso ter alguns cuidados básicos. Assegure-se de estar aterrado, para evitar que a energia estática danifica a CPU.

O encaixe da placa-mãe no gabinete merece atenção, para evitar que os pinos do circuito da placa (localizados na parte de baixo) toque partes metálicas, causando curto-circuitos.



O processador e a memória precisam de cuidados para serem manuseados. O processador deve encaixar embaixo de uma peça formada por uma ventoinha e um dissipador.

Para ajudar na transferência de calor é indicado utilizar uma pasta térmica sobre o processador evitando que aqueça mais. Uma boa camada dessa pasta sobre o processador e encaixando a peça com o dissipador por cima, cria-se quase uma base isolante térmica importante.
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